quarta-feira, 25 de abril de 2012

História e Vida
Elena Guerra nasceu em Lucca (Itália), no dia 23 de Junho de 1835. Viveu e cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa enfermidade, se dedica à meditação da Palavra de Deus e ao estudo dos Padres da Igreja, o que determina seu orientamento da vida interior e de seu apostolado; primeiro na Associação das Amigas Espirituais, idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade em seu sentido cristão, e depois nas Filhas de Maria. Em Abril de 1870, Elena participa de uma peregrinação pascal em Roma juntamente com seu pai, Antônio. Entre outros momentos marcantes, a visita às Catacumbas dos Mártires confirmam nela o desejo pela vida consagrada. Em 24 de Abril, assiste na Basílica de São Pedro a terceira sessão conciliar do Vaticano I, na qual vinha aprovada a Constituição “Dei Filius” sobre a Fé. A visita ao Papa Pio IX a comove de tal maneira que depois de algumas semanas, já em Lucca, no dia 23 de Junho, faz a oferta de toda a sua vida pelo Papa.
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Beata Elena Guerra: Apóstola do Espírito Santo e Precursora dos Movimentos Carismáticos do Século XX!
Pe. Eduardo Braga (Dudu)
Toda a história da salvação está marcada pela presença viva e operante do Deus fiel que é Amor (Cf. I Jo 4,16) e pelo Espírito derramado em nossos corações (Cf. Rm 5,5). Também a nossa vida cristã está cheia da presença de Cristo e do Espírito Santo!

Santo Irineu dizia que onde está a Igreja está o Espírito de Deus e todas as graças. E foi justamente nos momentos mais difíceis da história da Igreja que o Espírito Santo utilizou concretamente homens e mulheres para que estes pudessem servir de fermentos de renovação diante dos desafios e crises. É neste contexto profético que podemos falar de Elena Guerra, a “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”.

Elena nasceu em Lucca, na Itália, no dia 23 de Junho de 1835. Viveu e cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa enfermidade, se dedicou a meditar a Palavra de Deus e a estudar os escritos Padres da Igreja, o que determinaria seu discernimento na vida espiritual e no seu apostolado, primeiro na “Associação das Amigas Espirituais”, idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade cristã, e depois nas “Filhas de Maria”.

Em Abril de 1870, Elena vive um momento determinante em sua vida. Participa de uma Peregrinação pascal em Roma juntamente com seu pai, Antônio. Entre outros momentos marcantes, a visita as Catacumbas dos Mártires confirmou nela o desejo pela vida consagrada. Em 24 de Abril assiste, na Basílica de São Pedro, a terceira sessão do Concílio Vaticano I, na qual vinha aprovada a Constituição “Dei Filius” sobre a Fé. A visita ao Papa Pio IX a comove de tal maneira que depois de algumas semanas, já em Lucca, no dia 23 de Junho, faz a oferta de toda a sua vida pelo Papa.

No ano de 1871, depois de uma grande noite escura seguida de graças místicas particulares, Elena com um grupo de Amigas Espirituais e Filhas de Maria, dá início a uma nova experiência de vida religiosa comunitária, que em 1882 culminará na fundação da “Congregação das Irmãs de Santa Zita”, dedicada a educação cultural e religiosa da juventude. É neste período que Santa Gemma Galgani se tornará “sua aluna dileta”.

Em 1886, Elena sente o primeiro apelo interior a trabalhar de alguma forma para divulgar a Devoção ao Espírito Santo na Igreja. Para isto, escreve secretamente muitas vezes ao Papa Leão para exortá-lo a convidar “os cristãos modernos” a redescobrirem a vida segundo o Espírito; e o Papa, amavelmente, endereça a Igreja alguns documentos que são como que uma introdução à vida segundo o Espírito e que podem ser considerados também como o início do “retorno ao Espírito Santo” dos tempos atuais: a breve “Provida Matris Charitate” de 1895, com o qual pedia que fosse celebrada a Novena de Pentecostes em toda Igreja; a “Divinum Illud Munus” em 1897, primeira Encíclica dedicada ao Espírito Santo na história da Igreja, e a carta aos bispos “Ad fovendum in christiano populo” de 1902, pedindo que Bispos e Sacerdotes pregassem sobre o Espírito Santo e recordassem da obrigatoriedade da Novena do Espírito Santo.

Em Outubro de 1897, Elena é recebida em audiência por Leão XIII, que a encoraja a prosseguir o apostolado pela causa do Espírito Santo e autoriza também a sua Congregação a mudar de nome para melhor qualificar o carisma próprio na Igreja: as Oblatas do Espírito Santo!

Para Elena a exortação do Papa é uma ordem e se dedica ainda com maior empenho a causa do Espírito Santo, aprofundando assim, para si e para os outros, o verdadeiro sentido do “retorno ao Espírito Santo”. Será este o mandato da sua Congregação ao mundo!

Elena, em suas meditações com a Palavra de Deus, é profundamente impressionada e comovida por tudo o que acontece no Cenáculo histórico da Igreja Nascente: ali, Jesus se oferece como vítima a Deus para a salvação dos homens; ali, institui o Sacramento de Amor, a Eucaristia; ali, aparece aos seus depois da ressurreição e ali, enfim, manda de junto do Pai o Espírito Santo sobre a Igreja Nascente.

A Beata entende que a Igreja está endereçada a realizar os mistérios do Cenáculo, mistérios permanentes, e, portanto, o Mistério Pascal: a Igreja é por isto, prolongamento do Cenáculo e analogamente, é ela mesma como um Cenáculo Espiritual Permanente.

É neste Cenáculo do Mistério Pascal, no qual o Senhor Ressuscitado reúne a comunidade sacerdotal real e profética, que também nós e cada fiel em particular, fomos inseridos pelo Espírito mediante o Batismo e a Crisma e capacitados a participar da Eucaristia, que é uma assembléia de confirmados, e portanto, semelhantes a primeira comunidade do Cenáculo depois da descida do Espírito Santo.

È nesta prospectiva que Elena Guerra concebe e inicia o “Cenáculo Universal” como movimento de oração ao Espírito Santo, com uma estrutura muito similar aos nossos “Grupos de Oração”.

Elena morreu no dia 11 de Abril de 1914, Sábado Santo, com o grande desejo no coração de ver “os cristãos modernos” tomando consciência da presença e da ação do Espírito Santo em suas vidas, condição indispensável para a verdadeira “renovação da face da terra”.

Faltando poucos dias para a convocação do Concílio Vaticano II, o verdadeiro Pentecostes dos nossos tempos, o Papa João XXIII, eleva Elena Guerra a honra dos altares em 26 de Abril de 1959, fazendo-a a primeira Beata do seu Pontificado, quando a definiu “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”. Naquele dia, em sua homilia, o Papa afirmou: “A mensagem de Elena Guerra é sempre atual. Todos sentimos a necessidade de uma contínua Efusão do Espírito Santo, como a de um Novo Pentecostes, que renove a Terra”.

Nenhum outro santo deu tanto, orou tanto e sofreu tanto pela causa do Espírito Santo como Elena Guerra. Como RCC precisamos conhecê-la mais! Ela nos exorta: “Outrora, Jesus manifestou seu Sagrado Coração, agora quer manifestar o seu Espírito!”. Oremos como ela, para que no nosso tempo, o Espírito Santo seja “mais conhecido, amado e invocado”.

Beata Elena Guerra, Apóstola do Espírito Santo, Roga por nós e para que o Novo Pentecostes renove a Igreja, nossos corações e o mundo! Este artigo foi extraído da Revista Renovação. Ed. 50.

http://harmoniacelestial.wordpress.com/2009/01/05/beata-elena-guerra-apostola-do-espirito-santo-e-precursora-dos-movimentos-carismaticos-do-seculo-xx/

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Feliz Páscoa!

Entenda o significado do beijo na cruz na Sexta-feira Santa

Bento XVI durante adoração à Santa Cruz, no Vaticano

Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.). 

Esta celebração é dividida em três partes: a primeira é a leitura da Sagrada Escritura e a oração universal feita por todas as pessoas de todos os tempos; a segunda é a adoração da Santa Cruz e a terceira é a Comunhão Eucarística, juntas formam o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Memorial não é apenas relembrar ou fazer memória dos fatos, é realmente celebrar agora, buscando fazer presente, atual, tudo aquilo que Deus realizou em outros tempos. Mergulhamos no tempo para nos encontrarmos com a graça de Deus no momento que operou a salvação e, ao retornarmos deste mergulho, a trazemos em nós.

Os cristãos peregrinos dos primeiros séculos a Jerusalém nos descrevem, através de seus diários que, em um certo momento desta celebração, a relíquia da Santa Cruz era exposta para adoração diante do Santo Sepulcro. Os cristãos, um a um, passavam diante dela reverenciando e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, que significa adorar a Jesus que foi pregado na cruz através do toque concreto que faziam naquele madeiro onde Jesus foi estendido e que foi banhado com seu sangue.

Em nosso mundo de hoje, falar da Adoração à Santa Cruz pode gerar confusão de significado, mas o que nós fazemos é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, temos nosso coração e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro, ultrapassa o crucifixo, ultrapassa mesmo o local onde estamos, até encontrar-se com Nosso Senhor pregado naquela cruz, dando a vida para nos salvar.Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus, é a gratidão por tudo que Nosso Senhor realizou através da cruz. O mesmo gesto o padre realiza no início de cada Missa ao beijar o Altar. É um beijo que não pára ali, é beijar a face de Jesus.Por isso, não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao reverenciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi através da Cruz que fomos salvos.

Nós cristãos temos a consciência que Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado acessível através da história somente. "Jesus está vivo!" Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes e esse era o primeiro anúncio da Igreja. Jesus está vivo e atuante em nosso meio, a morte não O prendeu. A alegria de sabermos que, para além da dolorosa e pesada cruz colocada sobre os ombros de Jesus, arrastada por Ele em Jerusalém, na qual foi crucificado, que se torna o símbolo de sua presença e do amor de Deus, existe Vida, existe Ressurreição. Nossa vida pode se confundir com a cruz de Jesus em muitos momentos, mas diante dela temos a certeza que não estamos sós, que Jesus caminha conosco em nossa via sacra pessoal e, para além da dor, existe a salvação.

Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida, como muitos se propõem, mas o Deus vivo e operante em nosso meio.

Padre Antônio Xavier
Comunidade Canção Nova, Terra Santa 

domingo, 1 de abril de 2012

PROGRAMAÇÃO SEMANA SANTA - Paróquia Cristo Rei - Gravataí, RS

01-04-2012 –   DOMINGO DE RAMOS
08:30 – Benção dos Ramos e Procissão
09:00 – Missa
19:00 – Missa
02-04-2012 –   SEGUNDA-FEIRA SANTA
09:00 às 11:00 - Confissões
15:00 às 17:00 - Confissões
19:00 – Missa
03-04-2012 –   TERÇA-FEIRA SANTA
09:00 às 11:00 - Confissões
15:00 às 17:00 - Confissões
19:00 – Missa
04-04-2012 –   QUARTA-FEIRA SANTA
16:00 – Missa + Retiro Espiritual
05-04-2012 –   QUINTA-FEIRA SANTA
19:00 – Missa (Instituição da Eucaristia + Lava-Pés + Adoração conforme escala (à partir das 23:00 a adoração é de responsabilidade da Renovação Carismática e Grupo de Jovens)
06-04-2012 –   SEXTA-FEIRA SANTA
08:00 às 15:00 – Adoração, conforme escala
15:00 – Solene celebração da Paixão, logo em seguida Via Sacra no Salão de Esportes encenada pelo Grupo de Jovens
07-04-2012 –   SÁBADO DO ALELUIA
19:00 – Missa do Aleluia (trazer vela), logo em seguida no Salão de Esportes encenação da Ressurreição pelo Grupo de Jovens
08-04-2012 –   DOMINGO - PÁSCOA
09: 00 – Missa
19: 00 – Missa – animada pela Renovação Carismática

Semana Santa

VIVA A SEMANA SANTA COM INTENSIDADE

A Semana Santa é o ponto alto de todas as celebrações que realizamos na Igreja.
Contemplamos a paixão, morte e ressurreição do Senhor, Jesus Cristo.
Infelizmente, o afastamento da religião tem levado muitas pessoas, contaminadas por um secularismo, isto é, uma indiferença com relação a fé, a viver esses dias como se fossem nada mais do que um simples "feriadão".
Não são poucos os católicos que também negligenciam o verdadeiro valor da Semana Santa, esquecem que é o momento de revigorar a fé e deixar-se envolver pelo grande amor de Deus manifestado em Jesus, nosso Senhor.
Foi por nós que Deus permitiu que seu filho sofresse o mais cruel de todos os sofrimentos, a morte de cruz, para desse modo mostrar o quanto nos ama.
A cruz, mais do que sinal de suplício, é na verdade a maior prova de amor de Deus pela humanidade.
Infelizmente, poucos ainda estão convencidos do amor do Pai, amor incondicional e irrestrito.
Só o amor é capaz de transfigurar o coração do homem, só a descoberta verdadeira de Deus, através de uma experiência viva de amor, nos faz descobrir o verdadeiro sentido de nossa existência.
Como chegar a essa experiência, senão por meio de uma decisão firme de renúncia a tudo que obscurece a imagem de Deus em nós?
Fomos criados para acolher e viver o amor de Deus. Esse é o único caminho que o homem moderno precisa redescobrir. Não permitir que uma cultura pretensiosamente autossuficiente, onde se pretende construir a vida ignorando ou excluindo Deus, se imponha de forma ditatorial.
O Santo Padre pediu-nos para não cedermos à "ditadura do relativismo", em que nenhuma verdade é definitiva.
Procuremos construir nossas vidas e orientá-la sempre segundo os critérios e as verdades do Evangelho. Digamos "não", portanto, às opiniões veiculadas pelas idéias mostradas particularmente pelos meios de comunicação que, ao invés de formar, deformam a consciência moral, sobretudo dos jovens e adolescentes.
A Semana Santa é o momento propício para nós, cristãos, discípulos e missionários, testemunharmos a Pessoa de Jesus Cristo.
Ele que veio para dar testemunho da verdade. A verdade é Deus, Deus é amor e consequentemente é impossível separar amor e verdade. Só a verdade é capaz de nos libertar verdadeiramente.
As celebrações da Semana Santa nos evangelizam para escolhermos o amor e a verdade. Nos faz entender melhor o sentido do ser e do agir cristão, cuja referência é o próprio Senhor.
A Paixão, a crucificação e a morte do Senhor são os caminhos da vitória, caminhos imprescidíveis, necessários para se chegar à Ressurreição.
A cruz é dizer "não" ao pecado, como fez Jesus. Ele preferiu morrer vitimado pelo pecado do que ceder às "vantagens" do pecado. A cruz é um "não" ao mal e um "sim" ao amor.
Não é fácil dizer "sim" à vontade de Deus e "não" ao pecado. Exige renúncia e sacrifício. Mas só imitando o nosso Senhor, percorrendo o nosso calvário cotidiano, descobriremos o valor da nossa existência, quão grande e maravilhosa é a vida.
Felizes os que constroem as suas vidas sobre a verdadeira rocha.
Que a Semana Santa seja para você e sua família o momento propício de tomada de decisão, cada vez mais firme Àquele que é o rosto de Deus entre nós. Viva a Semana Santa com intensidade de espírito.
Esteja presente a todas as celebrações. Reviva, celebrando o principal mistério de nossa salvação.
Boa celebração!

(Padre Luiz Fernando - publicado no jornal da paróquia Santo Sepulcro - Madureira/RJ)